O termo autoconfiança faz referência à forma como você se vê (autopercepção), o quanto valoriza a si mesmo e a forma com que se trata (autoestima) e no quanto acredita na própria capacidade. Ela é pré-requisito para tudo que você fizer na vida. Sem autoconfiança, dificilmente alguém enfrentará desafios, se aventurará em aprender novas habilidades, conhecerá novas pessoas, arriscará novos negócios. Sua evolução e a busca pelo sucesso ficarão comprometidas pela falta de crença em si. Três vilões que detonam sua autoconfiança.

São inúmeras pessoas que navegam por seus dias tentando esconder-se atrás de uma rotina enfadonha em busca da segurança da zona de conforto. Assim sua falta de confiança em si permanece camuflada por ações corriqueiras e pouco desafiadoras. E assim, seguem desconfiando do próprio valor, mas não se dando a chance de descobri-lo, por não saber o caminho.

Quem não acredita e confia na própria capacidade teme constantemente perder o amor alheio, se doa sem limites para sentir-se querido e amado e julga faltar-lhe alguma qualidade para ser bem sucedidos na vida. Três vilões que detonam sua autoconfiança.

Muitas destas pessoas buscam as causas em sua história de vida, criação, experiências, e por mais que a origem possa, de fato, encontrar-se no passado, é no presente que esta sensação renasce dia após dia. E é no presente que se encontra a possibilidade de mudança. Afinal passado não se altera, não há como apagar os fatos que originaram este sentimento de insegurança e falta de autoconfiança, e mesmo que fosse possível, talvez fosse pouco efetivo uma vez que este sentimento só permanece através de padrões reforçados até os dias atuais.

Isto é uma boa notícia, afinal mudar este conceito negativo de si mesmo se torna possível, ressignificar sua noção do próprio valor é algo alcançável desde que para isso haja a disposição de abandonar algumas travas e se dar a chance de se autodescobrir fora desses padrões mentais estabelecidos.

Os vilões que detonam sua autoconfiança encontram-se, principalmente, em três padrões mentais com os quais você enxerga a sua realidade.  São padrões estabelecidos na memória, na atenção e na interpretação. Todas estas três funcionam de maneira seletiva, e é exatamente nessa seletividade que se encontra a diferença de quem tem uma boa relação com sua autoconfiança e de quem não a tem. Três vilões que detonam sua autoconfiança.

Vamos começar pela memória, suas lembranças a seu próprio respeito são mais positivas ou negativas? Você costuma resgatar bons acontecimentos, conquistas, vitórias, sucessos, ganhos ou suas lembranças são regadas por suas falhas e erros, perdas e fracassos? Todos nós, mesmo que tenhamos passado por algumas experiências tristes e dolorosas, podemos focar no aprendizado que obtivemos, ou então ficar remoendo o quanto a vida nos foi ingrata. As lembranças alimentam constantemente a ideia que você faz de si mesmo e te faz tomar decisões atuais que podem favorecer ou não a sua autoconfiança.

Exemplo: Você foi convidado para dar uma palestra num evento importante, neste momento você faz um resgate mental de quando gaguejou na quinta série ao apresentar um trabalho, ou foi reprovado na prova oral de inglês, e pronto, você alimenta mais uma vez a ideia que não é bom o suficiente. Portanto, se desejas melhorar sua autoconfiança, primeiro se conscientize de sua tendência a buscar por memórias negativas e, consciente disso, quebre o padrão e passe a buscar memórias positivas. No início pode parecer difícil, mas com o tempo uma memória vai buscando outra e seu padrão será alterado. Três vilões que detonam sua autoconfiança.

Outro padrão mental é a atenção. Se você coloca seu foco nos seus erros, falhas e fracassos atuais, tal como ocorre na memória, você estará alimentando uma visão negativa de si. Pare de exigir tanto de si mesmo, errar faz parte, você precisa focar na sua capacidade de aprender, tentar de novo, acertar. Somente assim vai conseguir acreditar em si.

E, por fim, entra em cena a interpretação. Tendemos a interpretar o mundo conforme nossas crenças. Se você crê que não é bom o suficiente, qualquer bocejo durante uma colocação sua em uma reunião será interpretado como uma confirmação de sua crença. Se você acredita não ser uma mulher interessante, qualquer queixa de cansaço por seu marido a fará interpretar como falta de interesse, e assim por diante. Três vilões que detonam sua autoconfiança.

Adquirir esta consciência de seus padrões não fará com que a insegurança desapareça por completo, mas será o primeiro passo para você passar a se vigiar e substituir estes padrões quando eles aparecerem. Aos poucos você passará a alimentar uma postura mais segura e autoconfiante, deixando sua insegurança morrer por inanição.

Jamille Secchi – Psicologia e Coach Fitness – CRP/SC: 12/04393